salta, treme, rebola, rói a consciência de mãos atadas ao indivíduo. Solta a gargalhada pendente ao pagamento da factura em atraso e cospe na irresponsabilidade.
Refreia os sentidos e age por intenção. Pecúnio e pecado, solto e pago.
Respira
outra vez, respira...
Não consegues? estás morto. morreste. foste um dia absorvido pela redundante simplicidade das coisas e procuraste complicá-las, pela certeza das palavras e pela fraqueza. eterna fraqueza que não permite ver-te ao espelho.
puta que os pariu, quando te espetam uma faca nas costas e te dizem que é só para teu bem e tu alegremente respiras com dificuldade, com cada vez maior dificuldade, mas está tudo bem, porque tens os teus amigos ao teu lado. estou neste momento sem carácter, tudo levado pela voragem daqule tempo que nunca soube ser aproveitado pelo próprio tempo que corre e corre e corre e corre ainda mais depresse do que aquilo que um dia conseguirei descrever. porque a vida que já viveste é tua mas dos teus, é da vida, é do tempo. e se aprendes com os erros, quer dizer que já erraste e que não os consegues desfazer. aprender com os erros não é só é natural, com é óbvio, difícil é evitá-los.verdade seja dita que não pretendo fazer sentido, nunca pretendi, se neste momento cuspo para as teclas o escarro que se acumula no peito, misturado com o vómito e o nojo do ser agora, é porque agora é o tempo de o soltar, de desprender, nem que seja por um minuto e por uns quantos caractéres, sei que agora faço sentido para mim,para aquilo que sou, para quilo que um dia, nunca,serei.os estetas da vida que me desculpem, mas se eu não a souber respirar, inspirar, dentro e fora do teu peito, nunca saberei apreciar.mais que a vida ser boa ou má, mais do que termos a certeza do que fazemos ou do que iremos fazer, conta este minuto. este
ESTE
que já passou e sobre o qual tu não pensas, o minuto automático, o minuto em que acordas, o minuto em que vives, o minuto em que morres.tudo o resto são acessórios, todos os homens, mulheres, cães gatos ratos mesascadeiras carros dinheiros, são tudo acessórios, monumentos, acessíveis, vistos por ti e mais ninguém, porque tu não estás dentro da vida dos outros, estás somente dentro da tua, e essa vida, que foi aquele minuto (e o outro que já aí vem e nunca mais chega) já passou enquanto tu ainda a estás a ver passar.
Ups... afinal já não!
Isto é que já não é actualizado à demasiado tempo...